Nessa primeira semana de agosto comemora-se a semana mundial da amamentação, e o objetivo é alertar da importância de um tema da maior importância para a saúde pública mundial.
Hoje temos várias entidades internacionais e nacionais que promovem uma política de incentivo ao aleitamento materno, uma vez que o tempo de amamentação em todo o mundo está muito aquém do preconizado. No Brasil ,por exemplo, temos só 54 dias em média de amamentação exclusiva ao seio.
Temos um apelo comercial muito grande hoje das indústrias de leite artificial e apetrechos da amamentação, o que já abre uma janela de possibilidade para as famílias.
Temos orientar todas as famílias da importância do leite materno, mamado no peito. Quando falamos em famílias e não só as mães, é por que toda a família deve estar envolvida (pais, avós ,etc) para estimular e empoderar a mãe para que ela não vislumbre outra possibilidade que não amamentar.
As mães devem ser orientadas que no início nenhuma mãe tem leite, e a descida do colostro pode demorar um pouco para ocorrer. As mães devem sentir-se bem acolhidas nessa hora: tomar líquidos, oferecer o seio o mais cedo possível após o parto ( o recém nascido deve abocanhar sempre a aréola e não só o mamilo, para que a descida do leite ocorra mais rápido e para diminuir a chance de o seio ferir), assim com ficar num ambiente calmo, com reforços de otimismo quanto à descida do leite. Complementos com outros leite devem ser totalmente evitados.
Vale a pena ressaltar que a amamentação ao seio propicia muitos efeitos benéficos para a mãe e para o bebê: as mães que amamentam adoecem menos, já os bebês têm vantagens nutricionais, imunológicas e emocionais. O leite materno é , sem dúvida o alimento mais completo para o bebê, do ponto de vista nutricional. Além disso as crianças amamentadas ao seio tem sua defesa aumentada por ingestão de anticorpos protetores durante a amamentação. Além do aspecto emocional : crianças e mães mais seguros, crianças mais felizes e com maior auto estima. Além disso, os bebês que amamentam têm menos chance de diabetes , aumento de colesterol, de triglicerídeos entre outras patologias no futuro.
Por conta disso as mães devem ser estimuladas a amamentar por todos seus familiares. O importante é a mãe querer amamentar e ao mesmo tempo saber o que já falamos: nenhuma mãe tem leite já no primeiro ou segundo dia após parto. O colostro às vezes é visível ás vezes não . Mas a criança que nasce na época certa normalmente nasce bem nutrida e hiperhidratada, de modo que não precisa de nada até a descida do leite ,normalmente no terceiro ou quarto dia de vida. E por falar em crianças que nascem na época certa ( a termo), o ideal é sempre o parto natural, por várias causas. Caso isso realmente não seja possível o ideal é que se entre em trabalho de parto até uma boa dilatação uterina, pois aí a descida do leite será mais precoce, por fatores hormonais que acontecem durante o trabalho de parto.
Lembrando que o leite materno deve ser oferecido sob livre demanda, ou seja, sempre que solicitar. É excelente até os dois anos de idade. O mamilo não precisa de nenhum preparo prévio na gestação e nem após ela. O importante é a boa pega (sempre aréola, nunca mamilo). Também seio não precisa de nenhum apetrecho ( bicos de silicone, etc) ou de qualquer hidratante ou outra substância local, assim como sol. O leite materno, junto com a saliva do bebê depois de seco, forma uma película protetora excepcional para o seio, Dispensa, portanto, limpeza pré mamadas.
Finalmente, por conta do que foi exposto, se a mãe oferecer o leite materno ao seio exclusivo até seis meses, ela estará proporcionando uma infância mais saudável para o seu filho, sob todos os ângulos.
Estamos a disposição para contato no fone (67) 984053402