Os municípios de Tabatinga e Letícia, que estão localizados na região de fronteira entre Brasil e Colômbia, ganharam mais um reforço no combate ao Aedes aegypti, transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus. O objetivo é uma ação conjunta para compartilhamento de informações epidemiológicas e estratégias de enfrentamento ao mosquito.
Batizada de Sala Binacional de Coordenação e Controle ao Aedes, a sala terá apoio técnico da Sala Nacional de Coordenação e Controle (SNCC) e contará com três representantes de cada cidade. A Secretaria de Saúde do município de Tabatinga, município brasileiro, cedeu o espaço físico e a Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) doou os equipamentos como computadores, freezer e geladeira para estoque das amostras. Os encontros acontecerão em Tabatinga, sempre na última sexta-feira de cada mês.
O objetivo dos dois países é replicar ações de sucessos de combate ao mosquito, como, por exemplo, as Brigadas contra o Aedes. Nessas ações, equipes de vigilância em saúde treinam representantes da sociedade civil, estudantes, funcionários de empresas públicas e privadas, igrejas e associações comunitárias sobre o ciclo de vida do mosquito, especificidades dos criadouros da região e métodos de prevenção.
“Os que são treinados replicam o que aprendem em suas instituições ou comunidades, tornando-se assim multiplicadores de boas práticas”, cita Bernardino Albuquerque, coordenador da Sala Estadual do Amazonas.
Incentivo às salas
O incentivo à criação de unidades regionais e municipais tem sido uma meta perseguida pela Sala Nacional de Combate e Controle, criada no final do ano passado. Marta Damasco, coordenadora nacional da sala, afirma que o espaço de composição internacional reforçará as atividades já realizadas no lado brasileiro e ampliará a ação de combate. “Quanto mais pessoas envolvidas na luta contra o Aedes aegypti tivermos, mais completo e eficaz será o trabalho”, afirma.
O coordenador da Sala Estadual do Amazonas, Bernardino Albuquerque, reforça o quão imprescindível é a cooperação onde há circulação de pessoas das duas nacionalidades. “É impossível combater o vetor unilateralmente nesses dois locais onde há casas que possuem o quarto num país e a cozinha em outro. Temos de discutir ações integradas na região, e esse local bilateral possibilitará uma maior integração entre os gestores”, afirma.
Fonte: Portal Brasil, com informações do Ministério da Saúde